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Política de segurança alimentar e nutricional de Salvador é apresentada durante oficina Alimenta Cidades – Prefeitura Municipal de Salvador

Fotos: Bruno Concha/Secom PMS
Reportagem: Ana Virgínia Vilalva e Camila Vieira/Secom PMS

Salvador possui dez Restaurantes Populares Vida Nova que servem 88 mil refeições por mês gratuitamente para pessoas em situação de vulnerabilidade social. Pilar fundamental da política de segurança alimentar e nutricional da capital baiana, a iniciativa foi apresentada, nesta segunda-feira (14), durante a abertura do projeto “Oficina Alimenta Cidade”, no Arquivo Público de Salvador, no Comércio. A programação do evento segue até esta terça-feira (15).

Além da presença de representantes de órgãos municipais, os debates contaram com a participação de representantes do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Para o titular da Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esporte e Lazer (Sempre), Júnior Magalhães, o encontro é fundamental para troca de experiências e elaboração de novos projetos em relação à segurança alimentar e nutricional no município.

“Momento essencial para preparar um diagnóstico identificando os principais desafios. Já adianto que temos o objetivo ampliar a oferta da alimentação saudável e acompanhamento socionutricional para a população da cidade”, disse.

A Coordenadoria de Saúde Alimentar (Cosan), ligada à Sempre, é responsável pelo acompanhamento nutricional dos restaurantes populares. De acordo com a coordenadora do setor, Karine Santos, também presente na oficina, o encontro agrega bastante nas ações de segurança alimentar já desenvolvidas em Salvador.

“Estamos buscando ideias que possam se somar as nossas. A oficina possibilita a união de pensamentos, inclusive com trocas entre nossas próprias secretarias”, pontuou a gestora.

Durante a apresentação, Karine fez questão de descrever o sucesso da política alimentar desenvolvida através dos Restaurantes Populares da cidade. “São 4,4 mil refeições diariamente. Temos muito a fazer ainda, mas a gente sabe que já conseguimos fazer a diferença na vida de milhares de pessoas, ofertando o mínimo de dignidade”, concluiu.

Outras ações – Além dos restaurantes, Salvador fomenta a política pública de segurança alimentar e nutricional, através da manutenção de 32 mercados municipais e feiras livres, pontos comerciais que ofertam alimentos saudáveis à população e incentivam a produção e Agricultura Familiar. “São ações de valorização da produção local de alimentos e incentivo a cultura regional, contribuindo assim, para a redução do número de pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional na capital baiana, aliando a isso, a oferta de serviços socioassistenciais e de fomento a geração de emprego e renda, proporcionando assim estruturas favoráveis a superação das condições de vulnerabilidade social e desenvolvimento da autonomia dos indivíduos”, concluiu o secretário.

Para a nutricionista técnica da Cosan, Emília Coelho, a realização da Oficina Alimenta Cidades é um marco muito importante para a política pública nutricional de Salvador. “Segurança alimentar e nutricional não se faz sozinho. É preciso envolver várias secretarias e a sociedade civil. O conceito é muito maior do que só matar a fome. É pensar numa cidade mais sustentável, é pensar em ter acesso a alimentos mais saudáveis. Momento fundamental de discussão sobre quais medidas a gente vai adotar depois desse encontro”, assinalou a especialista, destacando o trabalho nutricional já desenvolvido nas cozinhas das escolas municipais e nas 55 hortas comunitárias espalhadas pela cidade.

Também presente na oficina, o secretário de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-Estar e Proteção Animal (Secis), Ivan Euler, explicou como a instalação de hortas e pomares fortalece a política sustentável adotada em Salvador. “Nosso desafio é apoiar a comunidade na implantação de hortas comunitárias e comerciais. Geramos o alimento e criamos bolsões verdes e sustentáveis. Só ano passado foram mais de 20 novas hortas”, afirmou o gestor.

A programação nos dois dias de evento envolve o diálogo e co-criação entre representantes governamentais, da sociedade civil e demais atores locais para aprofundar e finalizar o diagnóstico situacional da agenda alimentar urbana e das políticas, programas e ações de segurança alimentar e nutricional do município, construir um entendimento comum sobre os desafios e oportunidades, e identificar prioridades para o desenho pelas cidades de sua rota de implementação da Estratégia Alimenta Cidades.

Vieira Fatima
Professora, moradora de Sento Sé e entusiasmo em jornalismo colaborativo. Trabalho supervisionado por um Editor chefe
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